Era o tempo dos deuses... Havia uma civilização onde a harmonia e o amor reinavam, pois ela havia sido criada por Vênus e Eros. Uma civilização muito, muito diferente... Os seres possuíam quatros braços, quatro pernas, duas cabeças e dois troncos distintos, um tronco feminino e masculino, mas.. com apenas uma alma... E esta harmonia provocou a fúria de outros deuses. Então, os outros deuses, enfurecidos enviaram uma tempestade com relâmpagos e trovões naquela civilização... Vênus e Eros tentaram lutar, mas foi em vão. E cada relâmpago que caía na civilização atingia um ser, foram dois dias e duas noites de tempestade e fúria. Os corpos eram divididos pelos relâmpagos e levados pelas águas, separando a parte feminina da masculina e dividindo sua alma ao meio... E, assim muitos se perderam, muitos ficaram sozinhos, mas conseguiram sobreviver. E, até hoje vivem na luta e na busca de sua outra metade, a sua Alma Gêmea.

" Eu passei todos esses anos namorando caras, que olhavam
para o meu peito quando deveriam olhar pros meus olhos,
agora acho que tenho todo o direito de escolher o cara certo...
Onde ele anda? Com certeza está com as mulheres erradas..."

Ps Eu te amo

- Há quanto tempo estão juntos?
- Ah, cerca de uma dia.
- Quer dizer, parece um dia porque estão apaixonados?
- Não. Faz um dia.
- Está brincando comigo. Um dia?
- Sim... e amanhã serão dois dias.

(Encantada)

Minha Tattoo

A história do Lírio
Quando eu era criança e morava na usina minha mãe costumava trazer eu e minha irmã para Curitiba para ir ao cinema ver o filme dos trapalhões ou da Xuxa e passear na rua XV. Era como uma grande aventura na cidade grande, nós andávamos de ônibus e rodávamos tanto pelo centro que eu lembro de usualmente pedir cólo por não aguentar andar tanto. Na volta, meu pai nos pegava e eu ia deitada no banco de trás do carro, nas pernas da minha irmã, olhando os postes passando enquanto ainda estávamos na cidade e depois só as nuvens e a brisa que entrava pela janela. Quando nos aproximávamos da Usina vinha aquele cheiro forte de lírios, era o cheiro de casa, cheiro de conforto e segurança, que eu sinto até hoje quando sinto o cheiro de lírios. É um cheiro que me acalma, que me dá paz de espirito, não sei muito bem como explicar a sensação, mas é uma sensação forte que percorre meu corpo, como saudade, como amor, inexplicavel, mas extremamente presente.

A história da Edelweiss
Certa vez perguntei a um grande amor da minha vida que flor eu seria se fosse uma flor e ele me disse que eu seria uma edelweiss. Na hora pensei "devo ser exótica", e perguntei o motivo, ele olhou nos meus olhos e disse "essa é a flor do amor eterno". Com o tempo esse grande amor se afastou, nós perdemos o contato, mas o amor ficou, latente, mas sereno. A edelweiss é uma flor muito rara, que nasce a mais de 1.700 km montanha acima, nos Alpes suíços. Essa Flor já inspirou inúmeras histórias na vida de muitas pessoas, no decorrer dos anos, desde tempos mais antigos. Conta-se que namorados apaixonados costumam escalar a montanha para, enfim, conseguir um único exemplar desta flor rara, para oferecer às namoradas, numa prova de que seu Amor é mesmo verdadeiro. Eu não tenho um grande amor na minha vida, mas acredito no amor, e acredito que um dia terei um grande amor e serei a edelweiss de alguém.

Soneto de Fidelidade


De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinicius de Moraes