Estava conversando recentemente com meu querido L e ele estava contando as historinhas engraçadinhas da filhinha dele de cinco ou seis aninhos. Ele falou que quando ela era menorzinha, quando eles iam atravessar a rua, ela dizia: "_homenzinho verde, podemos atravessar papaizinho" ou "homenzinho vermelho, temos que esperar". E até hoje ele brinca com ela, olhando ao redor para mirar algo e dizendo: "homenzinho cinza, podemos comer cimento" ou "homenzinho azul, vamos admirar o céu".
Fiquei pensando na quantidade de homenzinhos que são colocados em nossas vidas, nos dizendo se devemos ou não "atravessar". Qual homenzinho será que disse que curso deveria fazer na faculdade, ou o que fazer depois de terminá-la? Hoje, olhando para trás, vejo o quão mais fácil era a vida quando minha única preocupação era passar de ano... E que o auge desse estresse foi o vestibular. Meus piores receios eram sair para alguma balada e passar a noite sozinha... Se soubesse naquele tempo que o pior da vida não era passar de ano ou fazer uma faculdade... Se soubesse que o pior era o sair da faculdade sem eira nem beira...
Todos os dias algum homenzinho é colocado a minha frente me fazendo seguir ou não um caminho, tomar decisões que se refletirão em meu futuro e que, até que este futuro chegue, não faço a mínima idéia de para onde estou indo. Como é difícil atravessar essa rua da vida, não tem como saber o que tem do outro lado, o que te espera. Será que algum dia vou encontrar um homenzinho arco-íris que dirá: "_caminho colorido, você encontrou a felicidade suprema!". Não sei, até lá só resta esperar e seguir...
Ana Claudia F. Marinho
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